domingo, 11 de julho de 2010

"Sujou... a comédia"


Ae galera minha!
"Sujou... a comédia" está sendo um sucesso.
Assisti a estreia de meu roteiro... elenco de primeira, plateia gargalhando...
Reencontrei meus queridos Gilbert Magalhães, Charles Davis, Thatiana Pagung...
Foi muito bom... Conto com a ida de vocês
Prestigiem, pessoas!
Teatro Clara Nunes - Shopping da Gavea
todas as 3ª e 4ª feiras do mes de julho as 21 horas.

Beijooooos

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Sujou... a comédia - Teatro


Um dos meus roteiros para teatro chega aos palcos esse ano.

Sujou... a comédia
Roteiro - Daniel Martinez
Direção - Marcio Vieira
Elenco - Tatiana Pagung, Alonso Zerbinato, Helena Giffone, Gilbert Magalhães e Jefferson Martini.

Temporada de 06 a 28 de julho e 03, 04 e 05 de agosto no Teatro Clara Nunes, Shopping da Gávea, as 21 horas.

terça-feira, 11 de maio de 2010

Eu, Fotografia... Eu, Pintura

por Andrea Rocha


por Weverson Rodrigues (Weev)

De braço dado - POEMA


Vitrine e olheiro nesse meu idílio.
Hospedeiro sou se imprescindível for.
Passo pela vida num rastro de emoções,
Vivendo de quimera que eu mesmo inventei.
Saber quem eu sou não é tarefa fácil
Tem que sentir minha alma,
Traduzir meus pensamentos.
Sou como o vento... tem que se fechar os olhos e sentir-me
Como uma brisa suave ou um furacão de desejos.
Um anjo impene imerso em lágrimas.
Pois não sou impassível.
Meu choro é constante
Gerado de minhas alegrias e tristezas.
E essa gota de humor segregada de meus olhos
Regam minha vida plantada por minhas próprias mãos jardineiras
Que geram meu futuro ainda sem lei.
Toda vez que acordo
Deixo a mostra meus dentes brancos num sorriso.
Dou-me forças para viver mais um dia no lero-lero
Propondo-me deixar as lamúrias de lado e ser feliz
E para que à noite, quando vir a dormir, possa sonhar e sonhar.
Pois em sonho construo a minha realidade particular.
Me dou meus desejos, meus anseios.
E nele resgato o que quero e posso por para fora num pestanejar algo que me impeça de continuar a sonhar.
Meu sonho é sonhar acordado.
É ter a alegra sempre comigo
De braço dado.

'dani martinez

Jorginho Dom da Portela - 2010

Tv

O início de 2010 se deu com o convite de Júlio Costa, diretor, para eu dar vida ao personagem Jorge Dom num quadro para a televisão. A vida do ex-sambista da Portela, escola de samba do RJ, do lado pessoal ao profissional foi encenada por mim, Paloma Araújo deu vida a sua esposa os atores Wagnner Di Carvalho, Wagner Cavalcante, Leon Bustamonte, Danny Arcanjo, Gisele Passos, Wagner Bonfá, entre outros, viveram amigos do boêmio. A gravação vai ao ar na Rede TV em breve!



A lenda da Pedra do Banquete (monólogo) - 2004


Projeto Rota Cultural (Empresa MBR)

No ano de 2004 fui convidado pela produção do Projeto Rota Cultural para realizar o monólogo "A lenda da Pedra do Banquete" , que fala sobre os escravos, liderados por Pai João, da Fazenda do Barão do Sahy, localizada no município de Mangaratiba, Rio de Janeiro. Junto a mim, dividindo o palco, estavam remanescentes quilombolas da Marambaia do grupo cultural "Filhos da Marambaia", fazendo o pano de fundo da cena e a sonorização com seus atabaques e berimbaus. O dia foi dedicado a cultura musical, teatral e dança, em praça pública.

Lenda da Pedra do Banquete

Arthur Angrense Pires
(Prefeito de Mangaratiba 1931/1934)


Diz a lenda que, pai João, sentado na laje lisa, ao extenso da praia, olhava vagamente o mar imensamente verde e calmo e ruminava a idéia fixa que lhe assaltara, há muitos meses, e que lhe não deixava sequer um momento de sossego.

Seu senhor embarcara na canoa de 18 pipas, de casco seguro e grande, capaz de levar ao porto da Corte aquele carregamento de aguardente.
Dessa feita, a “Flor dos Mares” iria, porém, só até ao Abraão, levar o “Sinhô” e sua família, de volta ao Rio de Janeiro, e embarcar no “Marambaia” que ali fazia escala, vindo de Angra dos Reis.

O feitor seguira também na embarcação, sabujo que sempre fora do fazendeiro e dos de sua grei.
Pai João acreditava que tinha chegado o momento. Olhava vagamente a Marambaia, cuja silhueta se esfumava no horizonte, lá longe, e lembrava a sua terra, a ardente Angola que Sinhozinho lhe ensinara que ficava muito além daquela ilha e restinga onde pontilhava como um régulo o Capitão Mata-Gente, homem temido cuja alcunha lhe assentava como uma luva... Ali sofriam e morriam, aos magotes, seus infelizes conterrâneos. Já se assinara a proibição do tráfico de escravos, mas, ainda assim, a negra mercadoria chegava à Marambaia em barcos de quais seriam então aprisionados pelas naves da esquadra inglesa, audaciosamente policiando as nossas águas territoriais.
E o seu pensamento voltava à sua terra natal, aos seus dias de infância descuidada, seu aprisionamento, seu embarque no cais de Luanda – onde o Bispo sentado na tradicional Cadeira de Pedra – abençoara o lote de escravos novos, seu embarque na caravela “Lusitana”, a travessia atlântica de seis meses, onde trinta e cinco por cento de seus companheiros sucumbiram de frio e fome, sua chegada à Marambaia, sua venda em leilão em Mangaratiba, no trapiche do Morais e enfim, sua instalação na Fazenda do Sahy.

Aí encontra largo tempo de sossego. Casara-se com uma índia, também escrava, e desse enlace tivera cinco filhos. Agora já possuía uma neta-moça-cafusa de 18 primaveras e sem maior enlevo. Maria! Que amor!

Há dois anos, porém, um feitor novo fora admitido na fazenda, já que o antigo partira desta para melhor. Era “seu” Manoel, homem de mau gênio e de índole perversa. Por qualquer motivo e até sem motivo algum, os escravos sofriam os mais cruentos castigos. Muitos morreram no “tronco”, aos golpes do “bacalhau”. Dois de seus filhos tiveram esse destino. E agora “seu” Manoel não tirava os olhos de Maria e já lhe dissera que “assim que Sinhô viajasse ela iria morar com ele...”

Era a afronta máxima!

Às torturas físicas agüentara e como o mais velho dos 38 escravos da Fazenda do Sahy – sobre os quais sempre tivera ascendência absoluta – fizera os seus filhos e os seus tutelados suportá-las.
Mas, agora era demais! A revolta estava para estalar nas senzalas e não seria ele quem a iria sufocar.
De repente, pai João foi assaltado por aquele pensamento. Seria aquilo mesmo. Era o que merecia o feitor mau que sadicamente gozava as torturas de seus semelhantes.

E deu um assobio estridente. De imediato apresentou-se-lhe um negrinho ágil e forte. Pai João ordenou que o moleco fosse chamar à praia toda a população negra da fazenda. Quando todos estavam reunidos, pai João lhes falou:

- Meus filhos, seu Manoel não pode viver mais. Ele vai morrer! Vamos esperar, aqui na praia, a volta da “Flor dos Mares” e vamos executá-lo pelos mesmos crimes e maldade que ele cometeu. Quero todo o mundo aqui e com roupa de festa.
Mais uma hora de espera e a canoa apontava na Ponta da Guaíba. Pai João acelerou os preparativos. Dentro em pouco a “Flor dos Mares” aportou. Dela saltou lépido seu Manoel, de chicote nas mãos, como sempre fora de seu uso. E já ia gritar recriminando a reunião ali encontrada, quando dois pulsos fortes o agarraram pelos braços, forçando-o a sentar-se na pedra lisa, como num banco de réus, em cujo redor encontrava-se toda a escravaria.O homem estava lívido já que compreendera o perigo em que se encontrava.E pai João lhe falou:- Seu Manoel – você vai morrer! Você matou muitos dos nossos, sempre sem motivo importante. Você violou nossas mulheres e roubou nossos haveres. Agora você pensa em furtar Maria, a minha neta querida. Mas a sua hora chegou!
Todos concordaram com gritos e aplausos.Seu Manoel caiu de joelhos no chão pedindo perdão. Foi-lhe aconselhado que orasse a Deus! E então, atada uma corda ao seu pescoço e, na extremidade da corda, foi presa uma grande pedra. Embarcando novamente no “Flor dos Mares”, a canoa volveu até onde a profundidade alcançava trinta braças, e aí seu Manoel foi jogado sem dó nem piedade.Reunindo novamente seu povo, pai João ordenou que a adega da fazenda fosse arrombada e dela retirados vinhos e vitualhas que dariam para um batalhão. E todos seguiram para um grande penhasco perto da Casa Grande, e lá foram realizados os festejos comemorativos do feito. Muito foi bebido e comido do bom e do melhor. Depois se iniciou o batuque que se prolongou até alta madrugada.Muito tarde, pai João descera à vargem e voltara com grandes rodilhas de fino e resistente cipó. E ao alvorecer, mandou, de novo, que a escravaria se reunisse. E foi amarrado, braço a braço, pulso a pulso, com cipó – homens, mulheres e crianças.E à frente de todos – pai João se encaminhou para o abismo de fauces hiantes e de mais de cem metros de profundidade. E sem um protesto e até cantando e dançando – todos os escravos a ele se atiraram num protesto mudo e viril!Ninguém escapou. E a pedra que lá está, no Sahy, ficou conhecida como a “Pedra do Banquete” – esse último banquete macabro e que ainda faz doer a alma da gente, passados tantos anos, só em lembrar... E desde então, sopra no Sahy um vento furioso, destruindo tudo, revolvendo suas areias e terras, formando dunas como se fossem túmulos sem mortos. Esse vento parece dizer uma oração pelas almas dos sacrificados.

Camuflados de amor e ódio - 2009

Uma leitura dramatizada dos poemas de Carlos José Soares. Dirigido por Wagnner Di Carvalho e contando com os os atores Daniel Martinez, Wander Junior e Marcos Lopes no elenco, além de música ao vivo! Eu dramatizei os poemas de Carlos "Camuflado", "Eu te ofereço essas canções..." e "Sou louco por você, mulher!" enquanto meus companheiros de cena adotavam uma aura de amor e ódio por meio da linguagem corporal e vocal. Trabalho realizado pela ACADOC (Assossiação de Cultura e Arte Dorival Caymme).

Paixão de Cristo - 2010

Barrabás
Após ficar anos afastado da montagem de Paixão de Cristo retornei no ano de 2010.
Participei do espetáculo nos 2 primeiros anos (2001 e 2002 - embora tenha participado indiretamente nos anos que se seguiram, através de minha voz emprestada aos demais atores que fizeram meu personagem) quando consegui o papel graças ao meu saudoso diretor e amigo Silvio Curty.
Em uma pequena passagem de texto conquistei o personagem Barrabás, o ladrão e assassino
que foi libertado ao inves de Jesus da crucificação.
Retornando ao papel em 2010, já com a direção de meu amigo José Pontes, tive o prazer
de fazer mais uma vez parte dessa familia, subir naquele palco tendo 20 mil pessoas me assistindo, ver a emoção, sentir o calor dos aplausos, avistar as lágrimas em cenas como a de Maria, o arrepio nas cenas do Diabo, o choque dos tapas que dou(Barrabás) em Jesus,
é uma sensação indescritível.
Considerado por muitos o segundo maior espetaculo do Rio de Janeiro (o carnaval no Sambodromo é o 1°), tal peça já faz parte do calendário, tem seu diferencial por trabalhar conosco (profissionais da arte) e dando a chance da comunidade também atuar.
Quem ainda não assistiu, 2011 é logo ali! Não percam!

quinta-feira, 6 de maio de 2010

19 de junho de 1990

Foi nessa data que tudo começou. Meu primeiro contato com o palco. Tinha 8 anos de idade quando pisei no 1° tablado de minha vida. Era um curso de interpretação com Carlos Villon, um querido amigo, no Centro cultural Professor Cary Cavalcante, em Mangaratiba. Neste mesmo ano interpretei meu primeiro papel em "Medeia", uma tragédia grega. Foi nesse ano que tudo começou!
De 1990 à 1997 estive nas produções "Alto de Natal", "Descobrimento do nosso Brasil", "Ônibus" , "A megera domada" e "Caipira". Nesse meio tempo já escrevia três livros ("Fugindo do perigo", "Gangs em conflito" e "O grande desafio"). Minha imaginação e desejo pela arte cresciam a cada instante. Minha sede cultural transbordava poesia, música, dança, livros e, sobretudo, interpretar.
Meu primeiro nome artístico foi dado pelo Carlinhos, era Daniel D'Horta, nome forte, usei por alguns tempos, mas senti que era preciso mudar, não apenas esse nome, mas sim meus caminhos. Sabia o que queria, então faltava ir a luta. Resolvi então adotar meu sobrenome por parte de mãe, Martinez. Daí surgiu o que sou, o que busco cada vez mais ser. Daniel Martinez, das lágrimas à comédia, da prosa ao verso, do palco a tela.
Sejam bem vindos ao meu infinito particular!